-Nós brigamos e aconteceu.
-O que, exatamente, aconteceu senhorita Laura? - interroga o policial.
-Eu revidei e acabei empurrando-o para o precipício.
Laura foi presa pelo homicídio de seu ex-noivo Ricardo, filho de Estér e membro de uma rica família. Não haviam testemunhas ou provas do crime, apenas o testemunho da própria assasina poderia revelar o que acontecera na ponte abandonada.
Alguns anos depois, no dia em que Laura seria liberta, Alice estava na casa de Estér realizando uma entrevista para o jornal.
-Obrigada pela entrevista, espero que a senhora possa recuperar a perda.
-Claro, mas ainda tenho esperança de encontrar o corpo de meu filho.
Alice saiu da casa de Estér com vários papéis, que ao correr para alcançar o õnibus, deixou cair tudo no chão.
-Fezes! Fezes! Fezes! - dizia Alice, só que em formas mais chulas.
-Quer ajuda? disse um homem ue começou a ajudá-la a coletar os papéis.
-Obrigada...
Ele a ajudou a se levantar e seus rostos se aproximaram. Alice sentiu-se envergonhada mas gostou de poder olhar de perto aquele belo rapaz.
-E...
-Tenho que ir... - disse o homem apessado.
-Obrigada!
-Tchau, e cuidado para não tropeçar nas pernas de novo!...
"Ah tá!... Cada coisa que tenho que escutar..." pensou Alice.
Enquanto isso...
-Laura, bem vinda de novo ao mundo... - disse o carcereiro sem-graça da penitenciária.
-Falta muito para você virar piadista...
"De volta, mas agora eu vou correr atrás. Todos esses anos e ele nem se lembrou de sua salvadora, eu. Eu irei à sua procura, Ricardo" pensou Laura.
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